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Pais e mães de primeira viagem podem se beneficiar – e muito – com uma pequena grande informação: os bebês experienciam saltos (ou picos) de desenvolvimento e saltos (ou picos) de crescimento, o que pode ocasionar alguns “efeitos colaterais”, como alteração do padrão de sono e a demanda por carinho e proximidade de seus cuidadores. Isso quer dizer que a frequência da amamentação pode aumentar de uma semana para outra, além de passar madrugadas acordado, por exemplo.
“Saltos de desenvolvimento são aquisições de habilidades funcionais específicas que ocorrem em determinados períodos. O ritmo de desenvolvimento não é constante: há alguns períodos de desenvolvimento acelerado e outros onde há uma desaceleração.
Toda vez que seu bebê desenvolve uma nova habilidade, ele fica tão excitado e obcecado com a conquista que a quer praticar o tempo todo, inclusive durante o sono. Em outras palavas, um dos “efeitos colaterais” desse trabalho todo que o cérebro dos bebês está fazendo é que eles não dormem tão bem quanto o fazem em períodos que não estão trabalhando em dominar uma nova habilidade. Eles podem até resistir às rotinas já estabelecidas.
No período que antecede o chamado salto de desenvolvimento, o bebê repentinamente pode se sentir perdido no mundo, pois seus sistemas perceptivo e cognitivo mudaram, houve uma maturidade neurológica, mas não tempo hábil para adaptação às mudanças. Então o mundo lhe parece estranho, e o resultado da ansiedade gerada é geralmente desejar voltar para sua base, ao que já lhe é conhecido, ou seja, a mamãe! Em vista disso, é comum ficaram mais carentes, precisando de mais colo, e com frequência há também alterações em seu apetite e sono.
Então, nessas fases, é preciso apenas ter um pouco (mais) de paciência e empatia com o bebê – depois do processo de aquisição da nova habilidade (como rir, engatinhar, sentar, interagir, andar) o bebê dá um salto de desenvolvimento e demonstra felicidade com o final da “crise”. Ou seja, por um lado, o bebê fica feliz com a nova habilidade e independência que vem junto, e já é capaz de se afastar um pouco da mamãe. Por outro lado, sente angústias e receios com essa nova situação. Isso lhe traz sentimentos dúbios: é como uma “dança louca” entre separação e apego, onde o bebê irá flutuar entre os dois por um período”.
E os picos de crescimento?
Esse são os picos relacionados ao ganho de massa corpórea do bebê (que envolve músculos e ossos). Nesse período a demanda por leite também cresce, pois o bebê passa a precisar de mais energia. “Então o bebê que dormia longos períodos à noite pode começar a acordar mais e solicitar mais mamadas. Esta necessidade geralmente dura de poucos dias a uma semana, seguido de um retorno ao padrão menor de mamadas, mas agora com o organismo da mãe adaptado a produzir mais leite. É muito importante respeitar a demanda aumentada de mamadas, pois somente com a livre demanda é que a produção de leite materno se ajusta perfeitamente às necessidades do bebê.”
É sempre importante frisar que o leite materno é produzido sob demanda. Ou seja, conforme o bebê mama o organismo da mãe vai se adaptando e produzindo mais – ou menos – conforme a necessidade do bebê. Mamas não são depósitos, mas sim fábricas de leite!
Ou seja…